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A febre dos influenciadores virtuais

Na última edição do SXSW (South by Southwest), a influência artificial foi pauta em uma palestra do autor Rohit Bhargava, que abordou as sete tendências que vão definir o futuro e a influência artificial foi citada como a quarta delas.

O SXSW é um evento que conta com palestras, apresentações e workshops com nomes que são referência em muitos assuntos, dentre eles, soluções tecnológicas e previsões de tendências para os próximos anos. O festival acontece desde 1987 em Austin (Texas), nos Estados Unidos e propõe discussões sobre diversos temas como tecnologia, comportamento, música e cinema.

O Brasil teve a maior delegação estranheira na edição deste ano, com mais de 1.300 brasileiros inscritos. Marcas como Coca-Cola, Itaú, Globo e Nestlé ampliaram suas comitivas enviadas do Brasil para o evento.

Todo mundo conhece o poder da influência e a proporção que isso tem tomado nos últimos anos, mas a chegada dos influenciadores virtuais veio pra provar que daqui pra frente precisaremos nos acostumar cada vez mais em ter robôs por perto.

Os influenciadores virtuais

Em 2017 surgiram as primeiras influenciadoras virtuais, comandadas por empresas de inteligência artificial. O perfil de Lil Miquela por exemplo, é gerenciado pela startup Brud e trata-se de uma garota de 19 anos que usa roupas esportivas e abraça algumas causas sociais.

A novidade agradou tanto que em fevereiro de 2018, a marca Prada contratou a influencer, que hoje acumula mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram, para uma parceria durante seu desfile de inverno.

Noonoouri, que possui mais de 260 mil seguidores no Instagram, foi criada por Joerg Zuber, que é CEO e diretor de criação da agência de design e branding Opium Effect e já veio ao Brasil no ano passado. Durante sua passagem por terras brazucas, Noonoouri e seu criador deram entrevistas, fizeram palestras e até posaram para a capa da Vogue, ao lado da influenciadora digital Camila Coutinho.

O Brasil também ganhou sua versão virtual no começo deste ano, quando Vic Kalli, sagitariana e paulista de 21 anos, estreou seu perfil na rede social. Com pouco mais de 20 mil seguidores, a influenciadora virtual já publicou fotos em parceria com a marca de moda Carmin.

O futuro do marketing de influência

As pessoas estão cada vez mais buscando novidades e conteúdos diferentes nas redes sociais, por conta disso as influenciadoras virtuais ganharam espaço tão rápido.

Algumas empresas já adotaram avatares para representar seus perfis no Instagram, como por exemplo a Nat, da Natura e a Lu do Magazine Luiza. A Lu existe desde 2003 e vêm se consolidando cada vez mais como influencer referência em tecnologia, ajudando os clientes a escolherem melhor os produtos no site da marca.

Elas não têm muitas das limitações humanas, como por exemplo, podem viajar para qualquer lugar do mundo para fazer campanhas sem nem estar nesses lugares, já que são criadas virtualmente. Por um lado o custo é menor, mas por outro, são necessárias muitas pessoas trabalhando para gerar uma simples imagem que vai para um post do Instagram.

A verdade é que pra essas influenciadoras se manterem ativas é indispensável o capital humano e intelectual, além de um bom planejamento estratégico e muito cuidado com a produção de conteúdo, afinal, nesses quesitos, elas não se diferem em nada dos influenciadores digitais. Sem um conteúdo autoral e bem definido, não se vai muito longe!

Suellen Gargantini, CEO e Diretora Criativa da Agência SugarLab Digital